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Doria busca holofotes, mas vitória das vacinas é da Cobrapol

Tudo indica que os Policiais Civis terão um rival a menos a partir do dia 5 de abril. Conforme anunciado pelo governador, João Doria, 180 mil profissionais de segurança serão vacinados contra o Covid-19 no início do próximo mês, junto aos professores. Apesar do tom de conquista do líder tucano, que sempre se coloca à frente dos holofotes quando o assunto é segurança pública, a vitória é da Cobrapol e demais entidades ligadas a categoria.

A Confederação atuou ativamente para garantir que os trabalhadores, considerados essenciais, fossem inseridos no grupo prioritário do Plano Nacional se Imunização. No entanto, com a escassez de doses, a atual preocupação era em relação a data de proteção dos policiais contra a doença.

Com a divulgação do início da aplicação das vacinas, os representantes da categoria estão com a sensação de dever cumprido, sobretudo, após um ano de lutas para conseguir preservar a saúde dos funcionários, que foram totalmente abandonados pela administração estadual durante a pandemia.

Os Policiais Civis precisaram ingressar com ações judiciais para obter equipamentos de proteção e a aplicação de medidas emergenciais, minimizando, assim, os riscos de contaminação. Os trabalhadores chegaram a receber álcool em gel vencido. Foram 12 meses do famoso “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.

Para o presidente do Sinpolsan, Renato Martins, é um grande alívio saber que a categoria será vacinada em cerca de 10 dias. Recentemente, ele vinha visitando os secretários de saúde da Baixada Santista, junto ao presidente da Feipol Sudeste, Marcio Pino, para pedir apoio nesse processo de imunização dos policiais. “Essa é a única forma dos profissionais de segurança cumprirem com a sua função com tranquilidade, já que o Estado não oferece respaldo e até nesse momento de grave crise os trabalhadores foram tratados com descaso”.

“Em nenhum momento, o governo estadual se mostrou preocupado com a segurançã pública. Não houve qualquer sinalização sobre os riscos que os policiais estavam correndo por serem linha de frente, sem qualquer chance de isolamento social. Se não fosse a Cobrapol atender o pleito das federações e sindicatos, provavelmente continuaríamos por muito tempo a mercê do vírus e da boa vontade do poder público”, disse Pino, mencionando apenas a sensibilidade do Ministério da Saúde e da Justiça.

“Foi uma grande vitória”, destacou o presidente da Cobrapol, André Gutierrez.

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