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SINDICAL

Carreata da mentira

Enquanto o governador João Doria sai em carreata pelo Estado para divulgar a sua campanha nas prévias do PSDB, certo de que atende as expectativas da população, os Policiais Civis, junto aos demais servidores públicos, estão prontos para alertar a população sobre o descaso, o desrespeito e as inúmeras promessas não cumpridas ao longo do mandato do líder tucano. Durante visita a Santos, neste domingo, Doria fez questão de afirmar que o seu partido político reúne todas as condições para eleger o próximo presidente da República. Ao mesmo tempo, professores, profissionais de segurança e da saúde deixaram claro que os discursos cheios de boas intenções do governador não condizem com uma realidade baseada no aumento da violência, na desvalorização, falta de leitos em hospitais, baixos salários e péssima infraestrutura.

“Fomos, mais uma vez, expor o nosso descontentamento com a gestão e estaremos presentes em todas as regiões para mostrar que estamos sendo vítimas de negligência. Esse é o momento de escancararmos os absurdos, que Doria tenta varrer para baixo do tapete, enquanto segue nos palanques tentando convencer a população de que ele é o caminho para o desenvolvimento. Ao contrário disso, tem sido o responsável pelo sucateamento”, destacou o presidente da Feipol Sudeste, Marcio Pino, responsável pela organização do protesto em frente ao Santos Convention Center, na Ponta da Praia.

Presidente da Feipol Sudeste Marcio Pino em uma das intervenções durante o protesto

A cerca de um ano para as eleições 2022, não é preciso, nem mesmo, fazer uma retrospectiva sobre o período em que Doria esteve à frente do Palácio dos Bandeirantes, afinal hoje e ontem se confundem, uma vez que ambos são permeados pela mesmice, pela indiferença e pela defesa dos próprios interesses.

“A manifestação foi uma oportunidade de alertarmos a população sobre as mentiras, o descaso e o desrespeito do governador com a categoria e com a Baixada Santista. Não há investimento em segurança e a Região é a prova da situação de precariedade, representada pelas péssimas condições estruturais do Palácio da Polícia, além da existência de apenas um IML para atender toda a Baixada há quase dois anos”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.

Presidente Renato Martins em discurso durante manifestação

O objetivo dos servidores é não deixar a população esquecer que Doria representa:

  • A política da mentira;
  • Desvalorização e sucateamento;
  • Desmonte na área de saúde e ciência, com mudança no cenário apenas devido à pandemia;
  • Déficit de mais de 15 mil Policiais Civis, impossibilitando o combate à criminalidade;
  • Profissionais de segurança com a pior remuneração do País;
  • Delegacias sem estrutura, viaturas em péssimas condições, coletes balísticos vencidos e armamentos obsoletos;
  • Distribuição de álcool em gel vencido, deixando os policiais a mercê do coronavírus;
  • Batalha de egos, apesar do número alarmante de casos de covid;
  • Corte de 15,3% no orçamento voltado à saúde com destinação de R$ 23,7 bilhões em 2021;
  • Aumento de 120% nos gastos com comunicação institucional, que passou de R$ 88 bilhões em 2020 para R$ 193,7 bilhões em 2021;
  • Alta dos impostos em R$ 7 bilhões e mesmo assim corte dos investimentos em ciência e tecnologia ao diminuir em R$ 454 milhões da verba destinada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para este ano;
  • Para piorar, Doria precariza o serviço público, não realiza concursos e evidencia cada vez mais o desrespeito a população;
  • A Polícia do Doria está representada nas paredes do Palácio da Polícia, totalmente precarizado.

Com certeza, não é isso que o cidadão quer e, muito menos o que ele precisa!

Fotos: Flavio Hopp

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