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SINDICAL

Mais do que poder, é preciso vontade

Não se pode prometer segurança quando falta conhecimento. Fica fácil criar medidas, quando o único objetivo é ganhar espaço na mídia. Quando o assunto são os direitos e reivindicações da Polícia Civil, fica claro o interesse do governo em “fazer cortesia com o chapéu alheio”, como diz o ditado popular.

Em seus gabinetes no Congresso Nacional ou na Assembleia Legislativa, muitos não se dão ao trabalho, nem mesmo, de descer a Serra para analisar o impacto de uma decisão na Baixada Santista. O discurso da vereadora Audrey Kleys, durante o segundo dia do Congresso da Cobrapol, na Câmara Municipal de Santos, mostrou que é preciso estar perto e, mais do que isso, ter interesse pela mudança.

Consciente de que sem a categoria, a sociedade não fica organizada, a parlamentar do Partido Progressista tem feito a sua parte, ainda que não tenha pleno poder para reverter o cenário.

“Temos situações que precisam ser revistas de forma urgente. Os problemas só vão aumentando e não vemos rápida resposta. Fui até a Assembleia Legislativa e passei todas as demandas”, destacou Audrey, mencionando a questão do Palácio da Polícia, que se encontra em estado crítico, e o atraso no pagamento da Dejec aos policiais que atuaram na Operação Verão, realizada entre os meses de dezembro de 2018 e março de 2019.

Atualmente, ela luta pela reclassificação da Delegacia da Mulher que, recentemente, se tornou 24 horas, apesar da falta de estrutura para atender nesse novo horário. “A DDM deveria estar com cinco equipes e está com apenas metade disso. Policiais estão adoecendo com a jornada excessiva. Prometeram algo que não foi cumprido”, disse a vereadora que, antes da ampliação, já tinha saído vitoriosa, garantindo conquistas como mais delegadas em quatro meses.

Audrey abriu os trabalhos do Congresso, nesta quarta-feira, após a pausa para o almoço. Em seguida, estavam previstas discussões sobre as próximas ações voltadas para a Reforma da Previdência. No entanto, a programação foi modificada e os presentes trataram da mudança estatutária da Confederação.

Inicialmente, as lideranças falariam sobre as propostas de alteração, que seriam apresentadas pela Comissão de reforma do estatuto. Porém, os participantes entenderam que é mais prudente marcar um encontro específico para tratar do tema.

Diante disso, será publicado um edital de 30 dias, fechando de forma consistente. Serão 10 dias para que enviem as sugestões, outros 10 para compilação dos dados e mais 10 para análise. Foi a forma encontrada dos associados chegarem a reunião sem nenhuma dúvida.

Antes do encerramento do segundo dia de evento, o presidente da Feipol Norte, Itamir Lima, abordou um projeto que está sendo desenvolvido pela entidade para tratar do papel dos sindicatos, federações e confederações.

“É um projeto para clarear o papel do sindicato. Precisamos começar a perceber que temos um problema na forma de atuar, fazer uma avaliação dos pontos fracos e fortes”, disse o representante da categoria, enfatizando o processo de empoderamento político e a necessidade de tornar a instituição capaz de fazer uma pessoa eleita.

“A categoria precisa saber que precisa melhorar. Queremos fazer um projeto aplicável e mensurar a aplicabilidade dele. Tudo que o governo tem de ruim, a gente tem de pior. Acho que precisamos sair das ideias e ir para a prática. Sentar, avaliar e começar a colher frutos”.

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