Para muitos pode parecer clichê, mas já ficou claro que por trás de grandes conquistas há sempre a premissa “Juntos somos mais fortes”. E essa frase nunca fez tanto sentido como no atual momento vivido pela sociedade, ou seja, a pandemia do coronavírus. União virou a palavra de ordem, seja no âmbito profissional ou social. E um fato recente escancarou, mais uma vez, esse cenário. Inicialmente “excluídos” do grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19, apesar de serem linha de frente no atendimento ao público, os trabalhadores em transporte juntaram as suas forças para garantir urgência na imunização da categoria. Eles chegaram, inclusive, a programar uma greve para o último dia 20. No entanto, a paralisação foi cancelada, após o governo atender a reivindicação dos representantes desses profissionais.
“Com planejamento, força e união, essa categoria conseguiu uma importante vitória. Deram uma aula de como proceder para que conquistas sejam alcançadas. Não é de hoje que os trabalhadores em transporte mostram estar alinhados quando o objetivo é evitar que o grupo seja prejudicado pelo setor patronal ou pelo poder público. Esse mesmo pensamento deve ser estendido a outros profissionais, pois é fundamental que todos estejam olhando na mesma direção. Só assim será possível sensibilizar o governo e evitar que medidas arbitrárias continuem sendo tomadas”, afirmou o presidente da Feipol Sudeste, Marcio Pino, parabenizando os integrantes do setor.
Desde o início da pandemia, Pino tem atuado de forma efetiva para minimizar os impactos da doença nos Policiais Civis, que também são considerados essenciais e, consequentemente, impossibilitados de seguir o isolamento social. Também foi preciso muita luta para que esses trabalhadores tivessem preferência dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI). Nesse caso, o papel das lideranças sindicais foi primordial para que a categoria saísse do “fim da fila”.
“Não foi fácil, até porque nossa mobilização começou ainda em março do ano passado, já que os policiais sofreram com a falta de equipamentos de proteção. Fomos mais de uma vez à Justiça interceder em defesa dos profissionais de segurança e faremos quantas vezes for necessário”, destacou.
O presidente do Sinpolsan, Renato Martins, também observa a união como primordial para a manutenção dos direitos e a valorização das categorias profissionais. Não é à toa que ele mantém contato estreito e frequente com outras lideranças para que, juntas, definam as melhores estratégias para os Policiais Civis. Quando o assunto é a pandemia, o representante da categoria na Baixada Santista e Região tem participação de todas as ações voltadas a proteção dos trabalhadores. “Não adianta reclamar, é preciso fazer, lutar e, juntos temos um poder maior de sensibilização, sobretudo, por fazermos parte de categorias essenciais, que estão nas ruas fazendo parte do dia a dia da sociedade”.
