A partir deste sábado, dia 29, a vida do eterno camisa 10 da Polícia Civil, Reynaldo Machado, ficará eternizada em uma sala, que levará o seu nome, no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. O espaço vai abrigar o acervo de fotos e troféus do Clube Recreativo Continental, uma das grandes paixões de Machado, que foi o fundador do time e um dos idealizadores do Sinpolsan. “Seu Machadinho”, como era carinhosamente chamado, faleceu em 12 de janeiro, aos 89 anos.
“A vida dele se confunde com a história da agremiação famosa na Vila Melo e do futebol de várzea da Baixada Santista. Além de fundador do Continental, também foi jogador e técnico, conquistando vários títulos para o clube”, destacou a filha de Machado, Regina Lúcia, lembrando do amor e da dedicação do pai ao clube.
Presidente em mais de 13 gestões, Machado não hesitava em exercer outras funções. “Era bilheteiro, vendendo convites nos bailes de sábado, eventualmente barman e até porteiro. Costumava ficar até o final dos bailes, fechava o clube e vinha sozinho, à pé, com todo o dinheiro da bilheteria na “capanga”. Se orgulhava de dizer que nunca tinha sido assaltado”, contou.
As confraternizações de final de ano, segundo Regina, eram sempre na casa dele. Na atual gestão, era tesoureiro e seguia contando, satisfeito, que gastou todo o seu 1º salário no funcionalismo público organizando um festival para o Continental.
“Em toda a sua vida, o único jogo do Continental que não acompanhou foi o do dia 13 de abril de 1964, data do meu nascimento, sua única filha. São tantas histórias, que seria impossível dizer qual troféu (que ficará na sala) era o mais importante para ele. Talvez ele até tivesse um preferido, porém era tão apaixonado pelo Continental, que qualquer conquista do clube era importante”.
Aqueles que quiserem conhecer um pouco mais dessa trajetória podem visitar o acervo, na Rua Frei Gaspar, 280, no Centro de São Vicente.