“Se a vida te der limões, faça deles uma limonada”. No dia a dia da Polícia Civil essa, certamente, é a frase mais utilizada. Sem armamentos modernos, com déficit na corporação e até mesmo um ínfimo vale alimentação, os profissionais de segurança tentam fazer milagre para salvar uma nação. Dados divulgados no mês passado mostram a capacidade dos trabalhadores de transformar baixos salários em números elevados, comprovando que estão sempre prontos para a ação e, se necessário, reação.
Foram 8.841 inquéritos esclarecidos, 302 armas apreendidas e mais de 100 mil quebras de sigilo bancário e telefônico solicitadas. Tudo em meio a uma pandemia, com policiais afastados, sem contar o efetivo já defasado. Enquanto o governo segue prometendo sem cumprir, eles não deixam de agir. Mesmo sem reconhecimento e valorização, a categoria tem cumprido com a sua função.
“Imagina o que fariam se tivessem todo o respaldo do poder público para realizarem o seu trabalho? Tiramos leite de pedra. Somos reféns de bandidos bem preparados e vítimas de um sistema sucateado. Mas nada disso impede que sigamos firmes em defesa da sociedade”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.
